Os Segredos Visuais de TRON: O Legado

Já viu TRON: O Legado? Bom, como muitas continuações lançadas com muito barulho, é meio decepcionante. O visual “revolucionário” está lá, mas sem o charme do original. Em 1982, o design do filme te fazia entrar em um polígono gigante, e esse estilo gráfico influenciou muitos artistas digitais – você pode ver os grids luminosos tanto em fotografia quanto em esculturas cinéticas. O filme também tinha um jogador de videogame hacker como protagonista, o que certamente era novidade. Isso combinado com a ideia de penetrar um mundo construído em código dava uma sensação de um universo mágico com sua nova estética digital. OK, os diálogos eram bregas, os lugares tinham nomes meio tontos (Input/Output Tower, gente?) e um personagem chamado Ram. Mas isso tinha lá seu apelo. TRON foi o primeiro filme nerd com falas como “Sim, sou velho. Velho o suficiente para lembrar quando MPC era um programa de xadrez!”. Ele também foi único ao cobrir um assunto que se tornou o próprio filme – um filme sobre programas de computadores criado por programas de computadores. Além de ter marcado o começo do gênero de filmes gráficos.
É claro que ele não quebrava muitos paradigmas com a organização dos números para derrubar o MPC e salvar o mundo, mas isso não importa muito porque a sacada do filme era a produção dos efeitos digitais, figurino e design. Em outras palavras, era único. Essa tradição foi continuada em TON: O Legado graças à to Digital Domain, empresa de efeitos visuais criada por James Cameron e Scott Ross.